Quando um Parque é destruído
Não são somente as plantas
R E M O V I D A S
Histórias se desmancham
Laços se perdem
E onde era vida
Surge a morte
O fim de todas as coisas
Sob os escombros dos
PARALELEPÍPEDOS
PINGANDO NA PRAÇA
ESTAÇÕES - SENSAÇÕES - EMOÇÕES - SONHOS
domingo, 10 de novembro de 2019
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
AS FLORES DA CEREJEIRA
A Cerejeira e suas flores tem vários significados.
No Japão, a delicadeza das pétalas se equipara à efemeridade do Samurais, e os frutos, à sensualidade.
Na Índia, é sagrada. Onde tem cerejeira não falta nada.
Também nos diz sobre a inocência e a perda dela.
Para a poeta jovem, representa o curso da vida.
Eu, apenas aprecio suas flores.
Os galhos completos que formam um imenso buquê.
O aroma, me encanta. Fico plácida diante da cerejeira.
Silencio.
No Japão, a delicadeza das pétalas se equipara à efemeridade do Samurais, e os frutos, à sensualidade.
Na Índia, é sagrada. Onde tem cerejeira não falta nada.
Também nos diz sobre a inocência e a perda dela.
Para a poeta jovem, representa o curso da vida.
Eu, apenas aprecio suas flores.
Os galhos completos que formam um imenso buquê.
O aroma, me encanta. Fico plácida diante da cerejeira.
Silencio.
terça-feira, 16 de julho de 2013
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
DIÁRIO DE LONDON
Amanheci com o sol de Londres na cara
As folhas secas e úmidas me mostram que é inverno
O vento gelado me aproxima do Golfo
As luzes anunciam que a época é de Natal
E os fogos a vinda do Ano Novo
Caminho pelo Velho Mundo
E me desloco para além de qualquer fronteira
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
INFLORESCÊNCIA DA ALCACHOFRA
Sou como a inflorescência da alcachofra
Diferente das flores que apenas embelezam e perfumam
Também dou frutos
Planta perene
Folhas verde claro, como os meus olhos
Cobertas de penugem branca, como os meus braços
Aparência pálida
Bela, com sabor
Ajuda a controlar o fluxo da bílis
A bílis de Hipócrates
Ganhei uma dúzia de alcachofras
Ganhei uma dúzia de alcachofras
Junto veio uma inflorescência
Acabou a melancolia
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
OS LAÇOS E OS NÓS
Penélope Vaticana - Museu Pio-Clementino - Roma |
Hoje comecei a desatar os nós e os laços da trama do tapete que ganhei. Como Penélope, quando a noite chega e todos dormem, estendo o tapete na mesa da sala e frente a ele com a mesma agulha com a qual foi tecido desfaço nó por nó. Não é trabalho fácil porque os nós estão sedimentados pelo tempo e apertados com tamanha força que chego a pensar que jamais conseguirei desmanchá-los. Tento então afrouxá-los, um a um. Os laços, não os encontro. A memória que se revela na combinação das cores e na repetição das formas vai pouco a pouco se diluindo. No desencontro dos fios sigo descobrindo outros caminhos que serão tecidos em outro enredo de um novo tapete. Supero os perigos da noite escura e ao amanhecer componho os laços que não encontrei. Assim vou entrelaçando ponto por ponto criando novos desenhos, novas matizes e destituida de afeto me protejo, me aqueço, me cuido à espera de mim.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
PROCURA-SE
Rubem Grilo
PERDI MEU EGO
ALGUÉM ME AJUDE
POR FAVOR!
CONVOCO AMIGOS INIMIGOS
CONHECIDOS DESCONHECIDOS
PERDI A RAZÃO
ONDE FOI PARAR
MEU PRINCÍPIO DE REALIDADE?
ONDE ESTÃO
OS MECANISMOS DE DEFESA?
CADÊ MINHA CONSCIÊNCIA?
ALGUÉM ME AJUDE
POR FAVOR!
domingo, 23 de setembro de 2012
sábado, 8 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
140 CARACTERES
NEM MAIS NEM MENOS
RESPOSTA 140 CARACTERES
LAMÚRIA 140 CARATACTERES
DOAÇÃO 140 CARACTERES
PEDIDO 140 CARACTERES
PORÉM NO AMOR SERÁ DIFERENTE
INFINITOS CARACTERES
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Hoje
No pé de ipê amarelo da Rua Carlos de Carvalho com a Alameda Cabral
Brotou a primeira flor de 2012
Nos galhos secos não havia indícios de florada
Parecia ser uma árvore velha
Maltratada pelo tempo
Duvidei das flores
Qual a minha surpresa
Quando nesta manhã de inverno
Avistei em contraste com o azul do céu
O amarelo da flor
Outras vão surgir
E o céu não será o mesmo.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
E AGORA?
domingo, 3 de junho de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
CARTAS QUE ESCREVI A FREUD (1)
Outono de 2012
Prezado Dr. Freud
Desde o nosso último encontro muitas coisas aconteceram. Recuperei meu ânimo e a vontade de trabalhar, e nas horas vagas, que são poucas, consigo ver o sol se pôr.
Não há dúvida de que a sua teoria e as nossas conversas muito tem me ajudado no meu processo de libertação. Também o meu curso de Psicologia tem contribuido para que eu desenvolva meu auto conhecimento. Nas aulas sobre as teorias da personalidade tenho conhecido os seus seguidores que mais tarde romperam, mas que trazem em suas teorias o suporte dado pelas suas descobertas frente à construção psíquica. Gosto de Jung quando fala sobre o coletivo, a persona e a abordagem mítica dos símbolos. Por Skiner não nutro grande admiração. Não acredito que a cura do sintoma elimine aquilo que os desencadeia, a mim parece mais uma ideia vinda da América que preza pela necessidade do imediatismo. Adler com a sua proposta de superação e seus conceitos de inferioridade e superioridade agradam a qualquer um. Entendo bem a sua resistência a ele: pouco à sistematização e muito ao senso comum. Agora estudo Reich com seus conceitos sobre a função do orgasmo e uma vida sexual infinitamente mais livre que muito me agradam.
Quanto a minha alma, ainda me debato com a proposta de comportar-me honrosamente, a poupar os outros e a ser boa sempre que possível, e por que não parei de fazê-lo quando me dei conta de que desta maneira a gente chega a fazer-se mal e se torna alvo porque algumas pessoas são brutais e indignas de confiança, então realmente não tenho resposta. Acredito ser isso parte de minha herança. Se pelo menos mais um pouco dessa preciosa herança pudesse ser encontrada em alguns seres humanos!
Pouco a pouco tenho expulsado meus complexos infantis e soltado minha pele velha deixando-a com meu psicanalista através da transferência e assim o meu ganho terapêutico tem sido a troca da qual tantas vezes conversamos. A harmonia entre minha realidade interna e externa dia a dia se consolida. Tenho caminhado bem Dr. Freud!
Agradeço imensamente suas felicitações pela passagem do meu aniversário e me despeço aqui desejando poder revê-lo em breve.
Afetuosamente, Astrid Richter
segunda-feira, 21 de maio de 2012
ALFRED ADLER E A PSICOLOGIA INDIVIDUAL
Billy
Elliot é filho caçula, com 11 anos, órfão de mãe. Elliot mora ao norte da
Inglaterra com a avó (em estado senil), o pai e seu único irmão mais velho,
ambos mineradores, que lutam por melhores condições de trabalho e salário
atuando em movimentos grevistas. É
possível fazer um paralelo entre um dos princípios fundamentais da teoria de
Adler que se refere ao interesse social e ao sentimento de comunidade com o
comportamento do pai e do filho mais velho. Tanto um quanto o outro vivem
impulsionados pela busca da superação do sentimento de inferioridade causado
pelos baixos salários, péssimas condições de trabalho e pela precária qualidade
de vida. Também a agressão pela luta da superioridade funcionou como incentivo para a superação desses
obstáculos. Sob a ótica da teoria
adleriana em relação à posição na ordem de nascimento, o irmão mais velho
exerce poder sobre o mais novo e está subordinado ao pai. Por essas razões o
modelo de homem imposto à Billy, que está entrando na adolescência, é o
da agressividade e do uso da força física como forma de defesa de seus
conflitos. Elliot é obrigado a aprender a lutar box e torna-se claro no
decorrer do filme o desagrado que isso lhe causa. O menino tem uma personalidade
diferente do pai e do irmão, pois carrega traços da mãe que nas suas lembranças
foi uma mulher sensível e dócil. Na sua primeira ida à academia de box Billy resiste em lutar e observa que
simultaneamente ao box, na sala ao lado, havia aula de ballet. Ele se interessa
pela dança e abandona a luta sem que seu pai saiba. A partir dessa escolha inicia-se
o tema principal do filme que é a batalha pela quebra de paradigmas de uma
comunidade machista e oprimida e de uma família na qual prevalece a ideia de
que a força física é a grande arma para se enfrentar os conflitos da vida.
O problema que se segue surge da
resistência do pai e do irmão em aceitarem a ideia de que Billy Elliot se
tornasse um bailarino, pois numa comunidade em que a força
era sinal de virilidade a escolha pelo ballet parecia encaminhar o filho
mais jovem à homossexualidade. Porém, movido pelo reconhecimento de seu talento
pela professora de ballet e pelo seu prazer em dançar, Billy internaliza
algumas das premissas básicas da teoria de Adler: o de ser o individuo uma
entidade criativa, autodeterminada, unificada e coerente e também a subjetividade
individual demonstrada através da sua
habilidade em lidar com as proibições impostas e por não desistir de lutar pelo seu ideal em ser
bailarino. Através do seu objetivo e estilo de vida como o centro de realização
Elliot transgride regras e consegue
demonstrar o poder criativo do self não
aceitando passivamente os modelos, criando dessa forma o seu próprio destino.
Pode-se também aqui analisar a questão da posição na ordem de nascimento. Sendo
o protagonista do filme o filho caçula da família observa-se a característica
de um amadurecimento rápido e a marca de um grande realializador naquilo que
almejava
Torna-se claro através do filme Billy Elliot alguns conceitos básicos da
teoria adleriana sobre a natureza humana como a superação frente aos conflitos,
o otimismo e o livre arbítrio. Diferente de Freud, de quem sofreu grande
influência, Adler coloca o homem como condutor do seu destino fugindo assim do
determinismo abordado pela psicanálise. O ser humano deixa de ser vítima da sua
história pregressa e através da experiência tem o poder de transformar as tendências herdadas em força criativa. Dessa maneira, Billy Elliot constroi o seu
próprio relacionamento com o mundo ao
enfrentar e superar as barreiras impostas a ele na busca do seu ideal em se
tornar um famoso dançarino.
sábado, 19 de maio de 2012
O CASACO
sexta-feira, 11 de maio de 2012
EU E O TEATRO
EROS E THANATOS ME DÃO DE COMER
A PERSONA SOBE AO PALCO
T R A N S F O R M A
MISTURO OS GESTOS
A MÚSICA A PALAVRA
INICIA-SE A CATARSE
A PERSONA SOBE AO PALCO
T R A N S F O R M A
MISTURO OS GESTOS
A MÚSICA A PALAVRA
INICIA-SE A CATARSE
sexta-feira, 13 de abril de 2012
O DIA EM QUE ME TIRARAM O OXIGÊNIO
"Em cada homem há dois que dançam - o pulmão direito e o esquerdo.
Os pulmões dançam e o homem recebe oxigênio. Se você pegar uma pá e bater no peito de um homem na altura dos pulmões, as danças param. Os pulmões não dançam mais, o oxigênio não chega." (fragmento do texto Oxigênio, de Ivan Viripaev).
De como eu fui atingida pela pá.
Eu Sacha, ela Sacha. Numa noite comum de um dezembro qualquer fui atingida por uma pá na altura dos pulmões. Cambaleei, me retorci, estrebuchei no chão. Sacha tirou de mim naquele momento o que é o meu oxigênio: a crença no ser humano e a esperança de um mundo melhor. A pá com a qual Sacha me acertou em cheio os pulmões, tanto o direito como o esquerdo, chegou carregada de individualismo, de valores imediatos e hedonistas. Tentei mostrar a ela que não é apenas do aqui e agora que contruimos nossas vidas. Tentativa vã. O coração de Sacha não guarda nada, Sacha não preserva a memória, só o agora lhe basta. A luta continuou, nos emaranhamos mais e mais com palavras e luta corporal. Sacha não se contentou em me ver ali sangrando, para ela aquele sangue era nada, e pegou novamente a pá que havia me acertado há pouco e a encheu com meus defeitos e fragilidades e deu então seu último golpe que atingiu ferozmente o meu pulmão esquerdo. Fui nocauteada, perdi a batalha frente a perversidade de Sacha e morri ali mesmo, no passeio da rua.
sexta-feira, 30 de março de 2012
A DÚVIDA
Sempre me pergunto: de onde vem a dúvida?
A dúvida vem da não certeza, do aceitar ou não aceitarA dúvida vem da Razão do Consciente do Ego da Persona
Para termos uma dúvida precisamos da realidade
É a dúvida quem move a ciência, e não as respostas
A dúvida é pra fora é a não ação
Ela faz parte da nossa existência
De onde viemos? Para onde vamos?
Quem sou eu? Existe ou não existe?
Diariamente me deparo com minhas dúvidas
Corto ou não o cabelo?
Esta ou aquela roupa?
Envio ou não envio?
Peço ou não peço?
Vou ou não vou?
Falo ou não falo?
Para algumas consigo encontrar respostas
Outras, porém
Me parece, serão eternas
segunda-feira, 26 de março de 2012
MANTO
Quando você vem
E me cobre com seu
Manto/Concha
Todo o céu se transforma
Lá eu descanso
Pintura: Will Cotton
sexta-feira, 23 de março de 2012
O relógio
Faço diariamente um mesmo caminho que me leva ao tempo futuro. Traço uma linha reta e me norteio pelo que encontro à minha frente. Meus passos eu cronometro pelo relógio da igreja que se estende numa torre em direção ao céu. Ontem foi diferente. Ao procurar meu tempo marcado nos ponteiros, nada vi. Fiquei aflita, por segundos acreditei estar em outro caminho. Olhei meu entorno e constatei que o caminho era aquele mesmo, coloquei meus óculos acreditando que através deles eu encontraria a hora que procurava. Dei mais alguns passos e nada vi. Respirei fundo. Parei. Só então percebi que as árvores que compõem a cena dos meus passos haviam crescido. A copa verde da natureza mudara o cenário.
Hoje não verei o relógio, mas sei que ele está lá atrás do verde mais verde que existe.
sexta-feira, 16 de março de 2012
PERSONA
HOJE CEDO QUANDO VI MINHA CARA REFLETIDA NO ESPELHO
ME PERGUNTEI:
QUAL SERÁ A MINHA PERSONA DO DIA?
COM QUE MÁSCARA VOU SAIR?
PERCEBI ENTÃO QUE DE NADA ME ADIANTARIA ESCOLHER
RESOLVI SEGUIR ENTRE UMA PERSONA E OUTRA
SABENDO QUE A CADA MOMENTO PODERIA SER UMA DELAS
NÃO SÃO MUITAS AS PERSONAS QUE ME HABITAM
ASSIM, FICOU FÁCIL ENCARAR O DIA QUE CHEGAVA
sábado, 3 de março de 2012
CORPOS
Quando sinto seu corpo
Tosco e quente sobre o meu
Desconfiguro a imagem
Não há dois corpos
Um apenas
Se fundem
Permanecem uno
Até a última gota de orgasmo
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
AS CONCHAS
Sempre gostei de conchas. Quando pequena, colecionava-as
Lembro-me de andar quilômetros atrás delas
Meus olhos ficavam fixos à beira do mar
Aonde as ondas acabam
As conchas servem de proteção pra vários animais, os moluscos por exemplo
São cristais de cálcio e o órgão que forma a concha chama-se manto
São arrastadas pela força da maré e
Quando um predador se aproxima, o molusco se esconde dentro da concha dura
Como a concha é muito dura, o predador desiste e o molusco se salva.
Tem também as ostras, mas delas vou falar outro dia
Quero apenas me despedir deste mês de janeiro de 2012
Celebrando as conchas que encontrei em Porto Belo
Neste último final de semana do mês 1 de 2012.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
NASCIMENTO
Nasci dia 26 de maio
Arrancada do útero
Não foi fácil, me lembro ainda
Tudo era desconhecido
A única coisa familiar era o cheiro da minha mãe
Sobrevivi ao susto, mas
Ao longo da vida morri algumas vezes
Mas renasci a todas
A minha última morte foi diferente
Foi uma morte como se a cobra que circunda o pescoço de Shiva
Repentinamente a estrangulasse
Porém, como Shiva não teme a morte
E vê no fim o início
Assim como a Flor de Lotus
Que submerge no pântano
Reaparecendo dia a dia quando o sol brilha
Da mesma maneira fiz eu
A cada dia que o sol nasce
Saio da escuridão da morte
E como Shiva, Krisna, Buda
Percebi que a cobra era apenas o perfume do almiscar
Efêmero, acidental, passageiro
Sei agora que não fui atingida pela morte
Mas pela vida
Nasci!
E posso comemorar hoje meu 1º mês de vida
Longe da cobra que circunda, que suga, que mata
Nasci dia 26 de dezembro
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
BEATLES
Sempre ouço dizer que a música existe antes e depois dos Beatles. Que o Rock que se faz hoje, o Punk, o Heavy Metal são todos filhotes dos Beatles. Acho que é um certo exagero. Mas vai, não vou entrar no mérito da questão. A verdade é que não tem como não curtir os caras, são encantadores, a música é de uma riqueza quase completa. Hoje ouvi Beatles tocado por 2 violonistas, Fernando Melo e Luiz Bueno - Duofel plays Beatles - e não encontro palavras para expressar o quanto foi bom, o quanto a música foi uníssona, parecia um único violão, um único som. Harmonia perfeita, clima, ambiente, tudo brilhava. Fora do Teatro o sol se punha e por algumas frestas pude perceber a última luz do dia. O silêncio era quebrado pela música que atingia todos os sentidos. Fiquei hipnotizada por aqueles dois homens que entrelaçavam os dedos nas cordas fazendo delas a continuação dos dedos. O repertório, Beatles. Extasiada fiquei e completa estou. Meus sentidos, todos a flor da pele. O prazer que só a arte pode dar. Confesso que estou em Alfa, ou Beta ou quem sabe Gama. Os Beatles pulsam em minh'alma.
Por essas e por outras é que eu adoro o mês de janeiro.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
JANEIRO
Sempre gostei do mês de janeiro. O ar do verão me faz bem. Na infância eram as viagens em família, sempre um lugar inusitado, bem escolhido.
Durante a adolescência as férias em Camboriu (hoje Balneário) junto com as primas. Brincadeiras, barcos a vela construidas com lençóis brancos, picolé, muito mar e sol.
Janeiro tem cheiro de coisa nova, mesmo o conhecido torna-se novo.
Janeiro tem música a escolher, tem aventura na Ilha, tem cinema, tem banho de chuva, tem visita, tem desafios, tem dia claro até tarde.
Mas o que mais me faz gostar desse primeiro mês do ano é a esperança da mudança. Sempre, na primeira lua cheia de janeiro, faço reza pro Deus Mudança, acendo vela e canto um mantra.
Energizo as pedras que me acompanharão durante o ano.
Transformo emoções perturbadoras em sentimento de amor e compaixão incondicionais.
Luto pela mudança dos paradigmas mentais.
Combato os vírus que se desenvolveram em minh'alma.
Desenvolvo novos hábitos para fortalecer a persistência.
Faço minhas escolhas e descarto o veneno.
Em janeiro tenho a certeza do tempo.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
domingo, 8 de janeiro de 2012
O Olhar foi certeiro nas mãos dadas
Não escapou o abraço
Tudo foi visto
Tudo foi sentido
Tudo foi previsto
Nada foi caluniado
A personalidade borderline naufragou
Não existe incerteza, não existe imaginação, não existe ficção
Existe a realidade nua, a mais nua já vista
A mais dura, mais fria, a mais cruel já vivida
Mas lembrando Zaratustra (de Nietzsche)
Imagino a luz do Sol vindo do além do horizonte ao amanhecer
Como a simples noção de vitória
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
O DIA DOS TRÊS REIS
Hoje começa em mim o Novo Ano Novo
Sigo a tradição dos Três Reis Magos
Observo a Estrela incomum e vou atrás dela
Me unto com Mirra para conservar minha infinitude
Acendo um Incenso e com ele a minha fé no ser humano
Minhas orelhas eu enfeito com Ouro saudando a grandeza da escuta
(Ah! quantas vezes eu deveria ter me escutado)
Assim como Melchior, Gaspar e Baltazar
Exercito o desprendimento
Obedeço ao destino e me curvo frente a ele
Consulto Zaratustra (de Nietzsche) que me diz
Que o conhecimento só pode vir de dentro
E que ao nascer do Sol de cada dia está a simples noção de vitória
Pouco a pouco celebro minhas pulsões não contidas
Percorro o céu (com os olhos) e exulto a existência recebida
Expurgo toda a fraqueza, todas as vergonhas
Suporto o sofrimento
Pois sei que atrás das montanhas escuras
Existe luz
Sigo a tradição dos Três Reis Magos
Observo a Estrela incomum e vou atrás dela
Me unto com Mirra para conservar minha infinitude
Acendo um Incenso e com ele a minha fé no ser humano
Minhas orelhas eu enfeito com Ouro saudando a grandeza da escuta
(Ah! quantas vezes eu deveria ter me escutado)
Assim como Melchior, Gaspar e Baltazar
Exercito o desprendimento
Obedeço ao destino e me curvo frente a ele
Consulto Zaratustra (de Nietzsche) que me diz
Que o conhecimento só pode vir de dentro
E que ao nascer do Sol de cada dia está a simples noção de vitória
Pouco a pouco celebro minhas pulsões não contidas
Percorro o céu (com os olhos) e exulto a existência recebida
Expurgo toda a fraqueza, todas as vergonhas
Suporto o sofrimento
Pois sei que atrás das montanhas escuras
Existe luz
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
TEMPO
Aion ( grego)
Tempo é uma coisa engraçada, pode ser Aion, Cronos ou kairós, pode ser muito e pode ser pouco, pode ser longo e também curto. Quando se fala "vou dar um tempo" que tempo é esse? Qual é a diferença entre breve e logo? Pensando nisso fiz uma relação tempo e quanto o tempo é.
. Na cadeira do dentista: o tempo é muito, o tempo pára, 15 minutos são 12 horas;
. Quando viajamos: o tempo é pouco, 14 dias são 7 breves dias, o tempo voa;
. Esperando um resultado: interessante pois independentemente do que esperamos, em geral esse tempo é tenso, em alguns momentos taquicardia em outros frio na barriga, tempo qualitativo, tempo de esperança. Por exemplo: resultados de gravivez, querendo ou não o filho a espera do resultado é longa e carregada de quero e não quero, esse é só um exemplo;
. Na dor: tempo longo, parece que nunca mais vai passar;
. Quando se conhece alguém: tempo relativo, se for alguém interessante é tudo num zaz, mas quando é gente chata haja saco! quer dizer haja tempo;
. Em uma noite de amor: o tempo é lindo, o tempo é tudo, cada segundo equivale a 24 horas;
. Para o incosciente: não há tempo: ele é atemporal;
. Numa fila de banco: qualquer que seja o tempo é muito;
. Tempo no futebol: 1º tempo 45 minutos; 2º tempo 45 minutos, pode ter prorrogação que são 15 minutos mais 15 minutos;
. Para medir a febre: 3 minutos apenas.
E assim eu poderia passar horas e horas relacionando o tempo que cada coisa tem. Isso sem falar nos outros sentidos de tempo. Ex.: o tempo de colheita, fechar o tempo, o valor que o tempo tem etc.
Uma pena que não posso continuar, meu tempo acabou.
Para quem o presente não se faz presente
Ilimitado como o passado e o futuro
Finito como o instante
Incomensurável
Verdade eterna do tempo
Tempo é uma coisa engraçada, pode ser Aion, Cronos ou kairós, pode ser muito e pode ser pouco, pode ser longo e também curto. Quando se fala "vou dar um tempo" que tempo é esse? Qual é a diferença entre breve e logo? Pensando nisso fiz uma relação tempo e quanto o tempo é.
. Na cadeira do dentista: o tempo é muito, o tempo pára, 15 minutos são 12 horas;
. Quando viajamos: o tempo é pouco, 14 dias são 7 breves dias, o tempo voa;
. Esperando um resultado: interessante pois independentemente do que esperamos, em geral esse tempo é tenso, em alguns momentos taquicardia em outros frio na barriga, tempo qualitativo, tempo de esperança. Por exemplo: resultados de gravivez, querendo ou não o filho a espera do resultado é longa e carregada de quero e não quero, esse é só um exemplo;
. Na dor: tempo longo, parece que nunca mais vai passar;
. Quando se conhece alguém: tempo relativo, se for alguém interessante é tudo num zaz, mas quando é gente chata haja saco! quer dizer haja tempo;
. Em uma noite de amor: o tempo é lindo, o tempo é tudo, cada segundo equivale a 24 horas;
. Para o incosciente: não há tempo: ele é atemporal;
. Numa fila de banco: qualquer que seja o tempo é muito;
. Tempo no futebol: 1º tempo 45 minutos; 2º tempo 45 minutos, pode ter prorrogação que são 15 minutos mais 15 minutos;
. Para medir a febre: 3 minutos apenas.
E assim eu poderia passar horas e horas relacionando o tempo que cada coisa tem. Isso sem falar nos outros sentidos de tempo. Ex.: o tempo de colheita, fechar o tempo, o valor que o tempo tem etc.
Uma pena que não posso continuar, meu tempo acabou.
domingo, 20 de novembro de 2011
Cansei! Chega! Não quero mais saber se o sono é NREM ou REM, se a Síndrome Orbitofrontal causa apatia ou hiperatividade ou se é a Dorsolateral que faz esse estrago todo. Pouco me interessa se a lesão do Lobo Frontal pode causar desordem de humor e desorientação espacial. Ao inferno a cafeina que bloqueia meus receptores de adenosina e não me deixa dormir. Não quero nem saber do Sistema Límbico que planeja minha raiva, minha alegria, meu medo e tristeza. Hipotálamo, suma da minha frente! Deixe que a minha Hipófise produza seus próprios Hormônios. Não me fale em Neurônios, desses eu quero distância!
Já é tão difícil desvendar o que eu sei, pra que saber mais?quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O ESPECTRO DA ROSA
passa o tempo
século após século
e o amor continua o mesmo
acordar de um sonho lindo
e se ver só
passa o tempo
século após séculoe o amor continua o mesmo
acordar de um sonho lindo
e se ver só
passa o tempo
século após século
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Bicicleta
(Esta foto foi colada da página Mulheres de bike de Curitiba)
Sempre gostei muito de bicicleta.Tinha como sonho morar numa casa, num bairro com ruas tranquilas. Mas a realidade era diferente. Eu morava num hotel no Marco Zero de Curitiba, Praça Tiradentes. Aos 12 anos mudei para uma casa e tive a minha primeira bike. Era uma Monareta verde com uma bolsinha amarela atrás, pendurada na garupa. Dentro da bolsa eu carregava um cachorrinho pluto, de borracha, lindo! Depois dessa vieram outras. Teve a fase da Caloi 10, azul marinho cintilante, rodas finas, guidon pra baixo. Hoje minha bici é vermelha, simples. Hoje eu também conheci o movimento Mulheres de bike de Curitiba. Amei a iniciativa, tô dentro dela. Agora entendo o porquê de eu ter encontrado algo semelhante entre Berlim e Curitiba, as bicicletas. Lá os ciclistas conquistaram seu espaço, aqui as mulheres se mobilizam para que tenhamos também o nosso espaço. Lindo isso, parabéns à Anaterra Viana e a todas as meninas engajadas nessa parada! Agora sinto que estou mais perto do que eu sempre fiz e amo fazer: pedalar.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Armadura
Estou pensando em comprar uma armadura
Daquelas que durem por muito tempo
Uma armadura que me proteja
que me dê agilidade e também mobilidade
Pensando bem, eu preciso de uma armadura
e eu vou comprar uma como a da foto ao lado
que me proteja completamente
que me dê a força do homem aranha
uma do tipo "estou blindada"
Pena que só hoje eu me lembrei
que posso ter uma armadura
Mas agora é tarde
Dê nada me servirá tamanha blindagem
Já fui atingida e pouco ficou de mim.
Daquelas que durem por muito tempo
Uma armadura que me proteja
que me dê agilidade e também mobilidade
Pensando bem, eu preciso de uma armadura
e eu vou comprar uma como a da foto ao lado
que me proteja completamente
que me dê a força do homem aranha
uma do tipo "estou blindada"
Pena que só hoje eu me lembrei
que posso ter uma armadura
Mas agora é tarde
Dê nada me servirá tamanha blindagem
Já fui atingida e pouco ficou de mim.
sábado, 29 de outubro de 2011
RECADO
Pra você a mentira é o passaporte da amizade
Pra mim, é o distanciamento próximo
Pra você a mentira é coisa normal
Pra mim, ela não cola
Pra você a mentira é o medo
Pra mim, é o lixo
Pra você a mentira é seu alimento
Pra mim, é excremento
Não quero mais encontrar as suas mentiras
Já não sei o que fazer com elas
Sei apenas que não quero a mentira próxima
A mentira me faz mal
A mentira fede
Pra mim, é o distanciamento próximo
Pra você a mentira é coisa normal
Pra mim, ela não cola
Pra você a mentira é o medo
Pra mim, é o lixo
Pra você a mentira é seu alimento
Pra mim, é excremento
Não quero mais encontrar as suas mentiras
Já não sei o que fazer com elas
Sei apenas que não quero a mentira próxima
A mentira me faz mal
A mentira fede
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
Risco
num dia desta semana
ao olhar minha cara no espelho
encontrei uma nova ruga.
ela se fixou entre a boca e o queixo
ao lado direito da minha face.
num primeiro momento
pensei que fosse um risco feito a lápis
o lápis que estava em minha mão.
aproximei o olhar
esfreguei o dedo naquele risco
mas o risco não saiu.
descobri então que se tratava de mais uma ruga
no meu rosto pálido.
ao olhar minha cara no espelho
encontrei uma nova ruga.
ela se fixou entre a boca e o queixo
ao lado direito da minha face.
num primeiro momento
pensei que fosse um risco feito a lápis
o lápis que estava em minha mão.
aproximei o olhar
esfreguei o dedo naquele risco
mas o risco não saiu.
descobri então que se tratava de mais uma ruga
no meu rosto pálido.
domingo, 25 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
A NOITE
Quando a noite chega
O dia vem junto
Não sei mais como dormir
Esqueci os passos que me levam à cama
Perdi os sonhos
O dia vem junto
Não sei mais como dormir
Esqueci os passos que me levam à cama
Perdi os sonhos
domingo, 18 de setembro de 2011
Manhãs
Hoje cedo quando sai de casa
na esquina da Carlos de Carvalho
com a Alameda Cabral
pisei num tapete de flores de ipês amarelos
peguei algumas
e vou guardá-las dentro de um livro
gosto de fazer isso!
aqui o céu está azul
e o contraste do amarelo com o azul
me dão conforto
sinto minh'alma mais tranquila
percebo que a natureza está próxima de mim
como sou telúrica
deixo de lado minhas angústias
na esquina da Carlos de Carvalho
com a Alameda Cabral
pisei num tapete de flores de ipês amarelos
peguei algumas
e vou guardá-las dentro de um livro
gosto de fazer isso!
aqui o céu está azul
e o contraste do amarelo com o azul
me dão conforto
sinto minh'alma mais tranquila
percebo que a natureza está próxima de mim
como sou telúrica
deixo de lado minhas angústias
sábado, 17 de setembro de 2011
Escrevo aqui de Curitiba
Para lhe falar que
A primavera está chegando
Hoje as primeiras flores dos
Ipês amarelos da praça Tiradendes
Deram o ar da sua graça
As orquídeas e os jasmins já deixam no ar um perfume
De uma estação onde tudo brota
O verde das plantas
as cores das flores
Fazem contraste com o céu azul
q brilha hj na cidade
As maritacas já começam a chegar
E tudo se transforma
Num belo cenário de cores.
Para lhe falar que
A primavera está chegando
Hoje as primeiras flores dos
Ipês amarelos da praça Tiradendes
Deram o ar da sua graça
As orquídeas e os jasmins já deixam no ar um perfume
De uma estação onde tudo brota
O verde das plantas
as cores das flores
Fazem contraste com o céu azul
q brilha hj na cidade
As maritacas já começam a chegar
E tudo se transforma
Num belo cenário de cores.
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